Se antes os calçados eram pesados e desconfortáveis, hoje quando calçam seus pares, os jogadores de futebol levam muita tecnologia nos pés. Os calçados de hoje consideram os diferentes estilos dos jogadores e o design é desenvolvido de acordo com cada uso.

“Um jogador de velocidade precisa de uma chuteira diferente de um de meio de campo, por exemplo. Antes era uma chuteira só para todo mundo. Agora, existem silos diferentes porque são entregas diferentes”, diz Fábio Kadow, diretor de marketing da Puma no Brasil. Os modelos da marca costumam ser lançados em dois silos, Ultra e Future Z, cada um desenvolvido de acordo com as características de utilização daquela chuteira.

A Puma é uma das marcas que tem investido, há décadas, na evolução das chuteiras. Uma das primeiras inovações desenvolvidas para os calçados de jogar futebol foi a trava de rosca, aplicada na chuteira Super Atom, em 1952.

“A história da Puma se mistura com a história da chuteira. A gente costuma dizer que não existe futebol sem Puma. Na Copa de 1958, já tinha atletas tanto da Suécia como do Brasil que usavam Puma. Em 1970, temos a imagem histórica do Pelé usando a Puma King, no primeiro grande contrato da marca com um atleta. E a Puma seguiu com (o holandês Johan) Cruijff, em 1984, com (o argentino Diego) Maradona, na Copa de 1986. Hoje tem (o francês Antoine) Griezmann e (o brasileiro) Neymar”, afirma o executivo.

Essa evolução das chuteiras e a ligação do produto com os jogadores virou uma exposição permanente na sede da Puma, na Alemanha. “Você caminha por um corredor e vê essa evolução. Se hoje as chuteiras pesam cerca de 150 g cada pé, naquela época, eram muito mais pesadas. Hoje são feitas com material que não encharca, tem o desenho das travas de acordo com o desenho da chuteira…”, conta Kadow.

O investimento em tecnologia para desenvolver os melhores calçados não para. Atualmente, as marcas costumam levar em consideração a experiência do jogador em campo para criar a chuteira que vai ajudá-lo a executar seus movimentos da melhor forma possível.

“Para lançar uma chuteira, o trabalho de desenvolvimento na Alemanha começa de 12 a 18 meses antes. Vamos fazendo melhorias a partir dos testes. O feedback dos jogadores é essencial. Eles treinam com protótipos e passam os retornos”, explica o diretor de marketing.